quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Mesmo com a renuncia do Celso esse texto é chamado para os artistas tomarem conta da FUNARTE

S.O.S. FUNARTE

ALÔ, ALÔ ARTISTAS

De todas as estratosferas


O Movimento Dulcynelandia, agregação de jovens artistas, tem desde o início do seu movimento a tentativa de comunicação com a FUNARTE.


Toda a nossa comunicação está exposta no blog do Movimento.

www.movimentodulcynelandia.blogspot.com


A primeira comunicação foi através de uma carta-aberta, onde foi pedido o apoio de artistas que ajudassem a pressionar a FUNARTE para que ocorresse uma reunião com o diretor Celso Frateschi e conversarmos sobre o Teatro Dulcina, seu futuro, ou seja, as idéias da FUNARTE para o teatro e nessa conversa poder apresentar a nossa idéia para o teatro; que na época era a reforma do teatro com outra arquitetura, e não a única pensada para o teatro, que é uma reforma para deixar como era a 50 anos atrás. Para isso precisaríamos entrar no Dulcina com nossa arquiteta, engenheiros e artistas; esse era o tema da nossa reunião, que teve como ponte entre nós e Celso a Rosana Pussenti, na época assistente ou secretária dele.

Um dia (quase dois meses depois da carta-aberta, pressões, ligações e tal) recebemos um telefonema dela, Rosana, dizendo que o Celso Frateschi comunicava que a FUNARTE iria arrumar o Dulcina e que nós poderíamos entrar no teatro ocupando artisticamente através do edital.

Foi quando dissemos que não queríamos só fazer peças no teatro, mas que queríamos pensar uma outra arquitetura, pra busca de um outro tipo de teatro. Para que o interesse, de nosso grupo e de outros, de ocupar o teatro, nasça enfim de um desafio, uma pesquisa, um teatro que instigue. Pegando como força as renovações feitas por Dulcina de Moraes. Mas ao invés de simplesmente homenagear a mulher, resolvemos agir como ela. Fazer. Batalhar. Praticar. Nascer no teatro.

Explicamos tudo isso a Rosana, e na mesma ligação ela pediu um momento, e depois de parecer ter falado com alguém - que poderia ser o próprio Celso - , fomos encaminhados à Cláudia Demutti, quem “cuida” da área de artes cênicas.

Ligamos para a Cláudia, que nos disse a mesma coisa sobre o projeto de arquitetura, nos fechando completamente a porta de qualquer comunicação ou nova idéia, e nesse momento re-explicamos tudo o que queríamos a ela, que nos respondeu que em nosso texto não estava claro “o que queríamos”, - mesmo esse texto tendo rodado os olhos de vários artistas que assinaram embaixo o pedido de reunião. Então dissemos que escreveriamos outra carta “mais objetiva” ainda, dizendo que quereríamos entrar no Dulcina, pra discutir a arquitetura e etc etc...

Fizemos esse outro segundo pedido. Enviamos a todos novamente em e-mail aberto explicando o descaso da FUNARTE para conosco e anexando essa outra carta “mais objetiva”. Nada, mesmo. Nada vindo da FUNARTE. E olha que estávamos levando uma proposta nova e diferente para o teatro, não estávamos lá para pedir dinheiro para a montagem da nossa peça. Mesmo assim, nada.

Percebendo que não seriamos ouvidos pela FUNARTE fomos instigados pela prática, pela atuação. Foi quando decidimos fazer o CHUTE, na porta do teatro, ensaiando a peça A MORTA de Oswald de Andrade, escolhida por nós a peça pra ser queimada em nossos corpos, e feita em homenagem à Dulcina-Be-Atriz.


Para o CHUTE também convidamos bandas, e outras apresentações na Rua Alcindo Guanabara, na porta do teatro, quinzenalmente. O que começou a trazer a atenção da ocupação Manuel Congo, pelas suas crianças, o bar ao lado e seus freqüentadores, pois o bar fica aberto até mais tarde nos domingos de CHUTE, e as pessoas que migravam para comparecer aos domingos, criando um fluxo de pessoas significativo na rua, para um evento cultural que engloba a conscientização da política cultural atual do Rio de Janeiro, e do Brasil.


No meio disso descobrimos que o histórico teatro Dulcina não era, não é tombado.


Então é possível propor um projeto de reforma emergencial através do IPHAN para que o teatro se abra, e que lá dentro se faça uma grande experiência viva para se descobrir a demanda da reforma e transformação para o Dulcina através da convivência dos artistas e do público!(?)


Criando relações do projeto de cultura e educação com o projeto de moradia da ocupação Manuel Congo na frente do teatro Dulcina.

Estamos batalhando com apoio do Valério Peguinini, na questão do tombamento. Estamos estudando entre nós, nos organizando juridicamente, e praticando a montagem da peça A MORTA, assim como outras produções dentro do grupo, e assim vamos nos formando.


Nesse meio tempo – de lutas e cremações, e de agregações – fomos contatados, e não é a primeira vez que isso acontece, por causa do nosso blog, que cuidamos com todo amor das poesias vividas nos CHUTES, na criação da revista, nos eventos culturais paralelos como o EBÓ CULTURAL em Santa Teresa. Fomos contatados por servidores públicos da FUNARTE, que aprovam nosso projeto, e nosso movimento, acrescentando que é preciso mesmo essa pressão na FUNARTE, pois o diretoria da Fundação comandada por Celso Frateschi lidera o órgão público através da falta de diálogo com os servidores, em pequena e grande escala.


Sabemos dos disparates do último edital, em várias áreas, como sentimos no corpo essa falta de diálogo tanto com artistas como para com os servidores.

Recebemos deles depois de termos participado de um encontro, o manifesto que foi entregue ao Ministro da Cultura Juca Ferreira, manifesto que expões alguns problemas da administração do Celso Frateschi e o pedido de saída do atual presidente.


Então colocamos aqui de antemão que essa luta não é pessoal nem partidária.


Achamos que é de responsabilidade de todos os artistas de todas as áreas, conhecidos, famosos, musos, artistas amadores, reconhecidos, anônimos... é responsabilidade de todos tomarem conhecimento de como são administradas as verbas públicas, principalmente as da FUNARTE, que é um órgão feito para os artistas.


Não adianta tirar um César, pois depois vem outro.


O importante seria, o afastamento, ou a saída desse grupo, desse diretor, para que com a participação dos artistas se possa pensar na melhora da FUNARTE, com os próprios artistas propondo novas administrações pra espaços fechados, como temos para o Dulcina. Pois se a FUNARTE tem espaços que não consegue dar conta, porque também querer arrendar outro teatro, que é o caso do TBC, teatro histórico de São Paulo? Que já custou do começo do ano até agora meio milhão de reais. Dinheiro que poderia ter revitalizado o Teatro Duse e o Teatro Dulcina, com uma reforma emergencial, por exemplo. Nada contra uma biblioteca no Bixiga.

É preciso que os artistas se manifestem não por derrubar um poder, mas para melhorar um órgão público. Imaginem como nós – que queremos colocar a peça A MORTA no edital Miriam Muniz – confiaremos que o nosso e todos os outros projetos do Brasil inteiro vão ser avaliados por pessoas competentes depois do escândalo dessa equipe? Quem são essas pessoas de “cunho profissional” escrito no edital? O diretor carioca Vicente Maiolino, artista que trabalhou muito tempo com o projeto Pixinguinha, tanto na formação do edital quanto na participação como artista, diz que antes as pessoas que avaliavam os projetos eram escolhidos pelos próprios artistas.


Aqui o Movimento Dulcynelandia pede aos ARTISTAS QUE TOMEM PARTIDO DA RENOVAÇÃO DA FUNARTE, ATRAVÉS DA CONSCIENTIZAÇÃO DO QUE ESTÁ ACONTECENDO NA ADIMINSITRAÇÃO ATUAL.


VOCÊS QUEREM SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

NÓS DO MOVIMENTO DULCYNELÂNDIA QUEREMOS, PRECISAMOS.


Terça feira, dia 07/10/08, o Movimento Dulcynelândia ocupará a praça da Cinelândia na frente da estátua do Carlos Gomes, fazendo um chamado a todos os artistas do país para que tomem partido do que está acontecendo para que haja um levante não de destituição, mas de renovação. Esse ato agregará músicos que tocarão na Cinelândia, com o microfone aberto para a exposição do pleito, a todos os interessados em melhorar as relações entre os órgãos públicos e seus artistas, civis, administradores.


Nasce século XXI com ação, sem reclamação, com criação.


CORAGEM.


merda



Movimento Dulcynelândia

pro Brasil pros corações

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